LÚCIFER
Em
hebraico, (הילל בן שחר) Lúcifer significa ''estrela da
manha'', ou ''estrela da alvorada'', ou ''luz da alvorada''. Todas estas expressões
associadas ao planeta Vênus que antes da alvorada, aparece como a primeira
fonte de luz.
Dizem as
mitologias ocultistas , assim como algumas teses místicas hebraicas, que
Lúcifer era o mais belo, sábio e poderoso ser criado por
Deus, um querubim. Esse tentou usurpar o
trono do seu pai e ser igual a Deus, e por isso foi exilado dos Céus.
Lúcifer possui doze asas brancas de invulgar
envergadura, é o primeiro filho de Deus e foi criado a partir do fogo no
primeiro dia da Criação, sendo que a sua sabedoria e esplendor eram
inigualáveis.
Sobre
Lúcifer, assim esta escrito no Livro de
Isaías:
"Como caíste desde o céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste
cortado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu
subirei ao céu, acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono, e no monte da
congregação me assentarei, aos lados do norte. Subirei sobre as alturas das
nuvens, e serei semelhante ao Altíssimo. E contudo levado serás ao Sheol, ao
mais profundo do abismo.".
Isaías
14:12-15
Este texto
representa, (a pretexto de se dirigir a um rei terreno), a própria historia de
Lúcifer, o primeiro filho de Deus, (mais bela e sabia criatura, conhecida pelo
cognome de «o portador da luz», a quem o Pai entregou o poder sobre a
morte), que se havendo rebelado contra o
seu pai por a Ele se desejar tornar igual, acabou expulso do reino celestial,
exilado para sempre no Sheol, ou o mundo dos mortos.
Por se opor
ao seu pai e á tirania desse Deus HYHV, o seu filho exilado passou a chamar-se opositor ou adversário, que em hebraico se escreve: Satã. Satã não é
por isso um nome que designa uma entidade em particular, mas antes um
«titulo» ou um adjetivo que define todo aquele que de opõem ao deus HYHV.
Porque na
verdade Lúcifer e Satanás são duas entidades diferentes, a Igreja na sua
teologia oficial não considera Lúcifer o Diabo, mas apenas um anjo caído -
Petavius, De Angelis, III, 3, 4
Lúcifer era
um anjo de Luz que havendo-se rebelado contra o seu pai, gerou uma guerra
celestial. Havendo-a perdido, Lúcifer e os todos os anjos que o apoiaram, (cerca de 1/3 dos anjos dos céus), foram banidos da presença de Deus e exilados
no mundo dos mortos, ou Sheol. Lúcifer é também conhecido por ser o «portador
da luz», pois é o anjo da sabedoria . Lúcifer tentou oferecer a sabedoria a
Eva, dando-lhe a provar o fruto da arvore do conhecimento, (conforme no livro
de gênesis), facto que acabou gerando a expulsão de Adão e Eva do paraíso.
O
Luciferianismo é um por isso um corpo teológico e teosófico de crenças
professadas na figura de Lúcifer e do seu mito.
O mito de
Lúcifer esta profundamente relacionado com a estrela da alvorada, ou seja: Vênus.
Por isso, a figura de Lúcifer encontra-se profundamente relacionada com a
sabedoria, a luz, a carnalidade e a liberdade.
O
luciferianismo professa por isso a crença em Lúcifer enquanto um ser andrógino,
um espírito do ar, que é portador da luz, ou seja: da iluminação e do
esclarecimento que apenas a sabedoria pode trazer. Por isso mesmo, o nome Lúcifer também provém do termo do latim ''Luxi' e ''Ferre'', ou seja: ''aquele
que transporta a luz'', ou: ''portador da luz''.
RITUAL DE AUTO-INICIAÇÃO AO LUCIFERIANISMO
Introdução
A iniciação
é um ritual presente em quase todas as religiões do mundo, sejam elas
representantes do Velho ou do Novo Aeon. Ela pode estar presente de forma
explícita ou não; ser executada logo nos primeiros anos de vida do indivíduo (e
assim este ser iniciado independente de sua vontade) ou quando este desejar
tê-la; ser realizada através de um ritual hermético ou cerimonial.
O primeiro
propósito da iniciação é colocar o indivíduo em contato com a egrégora da
respectiva filosofia que ele está adentrando. Este passo cumpre-se em todas as
iniciações, sejam elas voluntárias ou não. Porém o real objetivo da iniciação
só é atingido com a escolha voluntária do iniciado: quando ele assume um
compromisso consigo mesmo de vivenciar aquela filosofia. Para isso ele deve de
livre vontade aceitá-la, pois nada que é imposto é vivido em sua plenitude.
Quando utilizo a palavra "aceitar" não me refiro simplesmente ao ato
banal de seguir dogmas pré-estabelecidos por outrem. Ao contrário: é de suma
importância que ele descubra dentro de si qual sua verdade, mesmo que inicial,
para assim aceitá-la e dedicar-se a aprimorá-la cada vez mais, até que possa
descobrir sua verdadeira Vontade.
Sendo assim
a iniciação pode ocorrer mesmo sem a realização de um ritual, já que é a
aceitação de uma verdade e compromisso consigo mesmo para atingir determinada
meta. A realização do ritual, porém, é um modo a mais de afirmar este
compromisso.
Todos
sabemos que é muito mais fácil trabalhar com elementos reais do que apenas
mentalmente. Ao executar um ritual, estaremos envolvendo elementos físicos como
símbolos, cores, palavras que refletirão em nossa mente, facilitando então
alcançarmos nosso objetivo através de uma maior concentração, envolvimento...
Mergulharemos mais profundamente dentro de nós mesmos e do próprio Cosmos, em
todas as suas manifestações.
O ritual
que forneço a seguir é uma sugestão de um auto-ritual de iniciação Luciferiana.
Seria interessante o leitor mudar o que achar necessário para se adaptar à sua
própria filosofia, caso deseje realizá-lo.
Ritual
Preparação
do Templo
Deve ser
traçado um círculo na cor verde grande o suficiente para que dentro dele possa
ser montado o altar. Ele não pode
atrapalhar os movimentos durante a execução do ritual.
O altar
deve situar-se ao leste, e acima deste devem estar os seguintes materiais: três
pequenas fontes dispostas como vértices de um triângulo eqüilátero, uma vela
negra disposta ao centro, uma adaga, um cálice contendo vinho tinto, uma corda
representando o açoite (caso não possua um), um recipiente contendo óleo de
oliva, outro contendo sal e uma imagem de Serpente ou Dragão.
Ao redor do
círculo, em seu lado externo, devem ser acesas 11 velas vermelhas, distribuídas
de forma eqüidistantes. Dentro do círculo devem ser colocados, nos pontos
cardinais: trigos (ao norte), uma vela (ao sul), incenso (ao leste) e um
recipiente com água (ao oeste).
Outros
materiais necessários
Uma rosa
vermelha, uma coroa confeccionada com folhas de louro, vestes nas cores branca
e dourada. Estas vestes, compostas por um robe branco adornado de dourado,
devem ser colocadas dobradas perto do altar.
O Ritual
Este ritual
exige um local em que a/o aspirante tenha completa privacidade.
Ele/a deve
estar nu/a no centro do círculo com os
braços abertos em forma de cruz. Na mão esquerda encontra-se a rosa vermelha.
Em sua cabeça deve estar a coroa. Nesta posição deve se manter durante alguns
minutos enquanto visualiza uma corrente contínua de luz descendo sobre sua
cabeça, passando para seu corpo e este distribuindo-a para todo o círculo, que
se preenche de luz enquanto fora dele há apenas trevas. Quando sentir o círculo
saturado por esta luz deve então dirigir-se ao altar e dizer, depositando a
rosa:
“A ti, oh
bela ASTAPHE, ofereço-te esta rosa escarlate, da cor de teu amado. Que sua luz
ilumine e guie meus caminhos tanto nesta noite ainda mergulhada em trevas como
na aurora que está a ser anunciada.”
A seguir
deve, em sentido anti-horário, posicionar-se ao Norte.
Após traçar
o pentagrama de invocação da terra, mantrar o nome Zimimay.
Ao Oeste
deve-se traçar o pentagrama de invocação da água e mantrar o nome Corson.
Ao Sul
deve-se traçar o pentagrama de invocação do fogo e mantrar Gaap. Ao Leste
traçar o pentagrama de invocação do ar e mantrar Amaymon. Retornar ao centro do
círculo na posição inicial e proclamar:
“A Vós
convoquei, oh Grandes Reis, para que assistam-me em minha revelação a vós. Que
meu grito ecoe por todo o CHAOS. Que todo ser do Cosmos saiba quem sou. Sou
um(a) filho(a) de Deuses, possuindo a divindade em mim. À mim as estrelas
brilham, à mim os ventos cantam, à mim as flores enfeitam os caminhos. Pois Eu
sou aquele(a) que é filho(a) de Lúcifer, cuja essência encontra-se em toda a
criação. Nele foi meu princípio, nele será meu fim. Minha Vontade é voltar a
Ti, oh Pai, e aqui selo meu compromisso contigo. Pai ilumina-me com teu
conhecimento; Mãe banha-me com Teu sangue. À Vós adoro pois encontrei-os em mim
mesmo(a).
Assistam o
renascimento da Estrela da Manhã, sob o signo de fogo da estrela de cinco
pontas! À mim toda a criação curva-se em respeito, louvor e devoção”.
Dirija-se
ao altar. Pegue um pouco do sal e coloque na fonte superior. Pegue mais um
pouco e jogue sobre a chama que se encontra ao centro e diga:
“Que a
constância do Sal se reflita em meus pensamentos”.
Pegue a
adaga e coloque-a sobre o lado direito do peito, de maneira simbólica, dizendo:
“Que o
sangue que preenche o cálice seja o mais puro e divino”.
Devolva ao
altar. Pegue no açoite e diga:
“Que meu
corpo lembre-se que na severidade também se encontra o amor”.
Devolva ao
altar. Pegue a taça e diga:
“Que o
entendimento traga a harmonia”.
Beba e
então devolva ao altar. Vista as roupas que estão ao lado do altar. Por fim
pegue o frasco com óleo e passe um pouco sobre a cabeça, dizendo:
“Por minha
Vontade consagro-me à Grande Obra, e assumo o lugar que tenho nela por
direito. A partir deste momento não
apenas mais recebo luz, mas a emano de mim mesmo (a). Conheçam-me por quem sou,
lembrem-se de meu nome: ......................... (diga o nome que deseja
assumir).
Agradeça e
dê a ordem de partida a todos os seres presentes, em especial aos quatro
grandes Reis.
Apague a
vela do altar e em seguida as que estão ao redor do círculo.
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